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Aprendiz brincante daquilo que a intuição conduz, como o canto que fortuito sai pela garganta, magia de boneco de pau e pano, vida que vibra na batucada.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

terça-feira, 23 de março de 2010

Para quê nossa mãos trabalham?!

Essa é a pergunta que sempre me faço. Lembro-me de um amigo artista de rua argentino, que gargalhava sarcasticamente quando falávamos em arrumar trabalho. Seu comportamento era anárquico, as vezes falava só para sobrepor seu discurso, tolerava, mas no fundo sempre soube que naquele riso tinha uma visão, uma experiência, um pensamento sobre ao que dedicamos nossas vidas. Sua apresentação era viva, era o que aprendeu a fazer por gosto e fazia sabendo que ali dedicava seu tempo, não para alguém, não só pela sobrevivência, mas pelo que amava e admirava, por algo que valia a pena, por satisfação pessoal. Essa é a resposta que quero dar para a pergunta acima. Nosso mínimo trabalho deve ser feito com atenção, nenhuma palavra deve ser escrita por acaso, nenhuma criação só pela encomenda, seus motivos devem emanar da matéria prima, de sua história, de seu por que. Para valer a pena, para transmitir algo, o trabalho deve encher nossos olhos de paixão.